Tempestade de
Guerra é o grande desfecho da série A Rainha Vermelha. Eu demorei
bastante para ler este livro. Quando li o primeiro volume, gostei muito de
algumas coisas nele, outras nem tanto. E na época que eu iniciei a leitura do
segundo livro, eu acabei ficando bem desanimado devido a algumas enrolações na
obra. Tanto que quando eu iniciei a leitura de A Prisão do Rei,
estava torcendo para não ser a mesma coisa, mas no final acabou sendo mais do
mesmo. Pois bem... Iniciamos o livro com todos divididos. Depois de Cal ter
escolhido a coroa, escolhido retomar o trono ao invés de ficar com Mare, foram
formadas muitas alianças. No entanto, essas alianças não foram firmadas com
base na confiança ou lealdade, foram mesmo por interesses. Cal se aliou a sua
avô, a seu tio e aos pais de sua noiva para ter mais poder e retomar seu trono
das mãos de Maven. A própria Guarda Escarlate o está apoiando,
mesmo que eles tenham outros planos em mente, eles ainda querem ver Maven fora
do trono. Mesmo depois de Cal ter trocado Mare pelo trono, eles ainda estão
trabalhando lado a lado. Entretanto, isso não significa que eles possuem os
mesmos ideais. Mare e a Guarda Escarlate não estão satisfeitos e não querem ver
novamente um prateado sentado no trono.
O mais
interessante desse livro são os vários pontos de vista dele: temos como
narrador Mare, Cal, Maven, Iris e Evangeline.
Começamos com a Mare narrando e se lamuriando com o fato de Cal tê-la
abandonanda, e isso se repete por v'arias páginas do livro. Mesmo que ela tenha
tido um crescimento, que tenha evoluído muito desde o primeiro livro, ainda
vemos que ela não é uma personagem muito complexa, não há nada de diferente
nela, exceto seus poderes. Ela não é aquela personagem marcante que vemos em
outras séries. Isso acaba decepcionando um pouco. Temos a chance de ver outro
lado da Evangeline, um lado onde vemos como ela á manipulada pelos pais em
prol de seus objetivos, com isso acabamos gostando bem mais dela. Agora, o mais
interessante mesmo foram os capítulos narrados pelo Maven.
É muito bom
quando podemos ver dentro da mente de um personagem que consideramos o vilão de
tudo. É muito interessante ver seus pensamentos, suas motivações, seus
sentimentos... Muitas vezes eu gosto muito mais de acompanhar toda a trajetória
do vilão da história do que dos mocinhos. Cal está dividido entre as
suas obrigações e seus sentimentos pela Mare. Eu, de verdade, esperava que ele
fosse se rebelar e ir contra as vontades dos que o queriam no trono. Que ele
voltaria atrás e jogasse tudo para o alto. Mas, infelizmente ele agiu da forma
que sempre agiu. Isso nos leva a seu relacionamento com a Mare. Ao mesmo tempo
em que eu queria que eles ficassem juntos, eu tinha a impressão de que eles não
formavam um casal incrível. Isso faz sentido? O amor deles não conseguiu me
cativar. Eu queria torcer por eles, sofrer pelo término do relacionamento, eu
queria ansiar por uma reaproximação. Mas nada disso aconteceu. Acho que eu
esperava demais deles como casal e acabei me decepcionando.
Este é um livro
muito marcado pela parte politica, pelas estratégias e pela guerra. É fácil
perceber que não há confiança entre os aliados. A qualquer momento um pode
trair o outro. Todos são motivados por ambições. Toda essa tensão de não saber
em quem confiar, de não saber qual o próximo passo do inimigo, de não saber o
que os outros estão pensando são as melhores coisas do livro. E,
embora tenha todo essa atmosfera de guerra, não acontece batalhas a todo o
momento. E quando acontece, ficamos um pouco perdidos. Eu ficava muito confusa
nas cenas de batalhas. Não era como em outros livros que conseguimos visualizar
bem na nossa mente, às vezes como se estivéssemos ao lado dos personagens. Acho
que a Victoria Aveyard se atrapalhou muito na hora de descrever as
cenas de lutas. Eu juro que precisava ler mais de uma vez para conseguir
entender bem cada cena e imaginá-las na minha mente.
[SPOILER] Eu
esperava que o final desse livro fosse algo bem grandioso. Eu pensava que
haveria muitas mortes. Todavia, não foi isso o que aconteceu. Quando chegamos
ao final, não sabemos qual fim levou cada personagem. Não sabemos o que cada um
está fazendo – tirando a Mare. Não sabemos como ficou o mundo para
os Prateados e Vermelhos; não sabemos nada. Com relação a esse
final eu preciso comentar algo: O Maven morre nesse livro. Até aí
tudo bem. Mas o grande problema nessa morte foi a cena de como ele morreu. Eu
não percebi que ele havia morrido até um personagem dizer que ele estava morto.
Então eu precisei voltar e ler a cena toda de novo. A cena é muito confusa,
você não entende nada. Além dessa morte estranha, quando chega a hora do casal
ficarem juntos, eles não ficam. Muito legal, não é mesmo? A Mare ficou
reclamando da escolha do Cal, e quando ele abre mão do trono, ela precisa
de tempo sozinha? ME POUPE!! [FIM DO SPOILER]
Eu curti toda a
parte politica, os diálogos e estratégias. Estava curtindo a leitura até chegar
ao final. Fica muita coisa em aberto, dando a impressão de que virão novos
livros por aí. Esta é a minha opinião sobre o livro. E vocês, já leram? O que
acharam?
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